Conte-me 15- Qual a necessidade de decepcionar-se?
Como livrar-se desse condicionamento?
Sabemos que a decepção vem da não-realização de uma projeção criada por nós em relação ao outro. Mas por que insistimos em processos como esses? Provavelmente já tivemos várias decepções e talvez neste exato momento estejamos caminhando para mais uma. Quais condicionamentos estamos mantendo?
Há vários deles que podem alimentar essa dinâmica em nossas relações, no entanto, todas eles passam pela mesma porta de entrada para se instalar através de crenças.
Falo da projeção que vem da expectativa de que o outro preencha algo que não estamos conseguindo preencher por conta própria. E quando isso acontece, há decepção, há vazio. E é este mesmo vazio o sintoma do próprio abandono, que na realidade está escondendo uma decepção com a gente mesmo, encoberta através das relações interpessoais.
Como trocar a decepção pela surpresa?
Veja quais as características dessas pessoas que te agradaram no começo do relacionamento, que inclusive gostaria de ter em você. Quais as promessas que você mesmo fez para esta relação, não as promessas do outro, mas os seus próprios votos. É neste momento que construímos uma projeção do outro, sem ao menos nos importarmos se ele concordou em representar este papel. O mesmo vale para identificarmos quando também estão se projetando na gente.
Se essas mesmas pessoas que nos decepcionaram não tivessem nada para nos dar, manteríamos relações com elas apenas porque as queremos em nossas vidas?
O nosso ego pede condições, a nossa alma não. As decepções são originárias do ego que não foi satisfeito, a alma está satisfeita em si, e quanto mais decepções estamos tendo, sinal de que mais ególatras estamos nos tornando. Estamos cada vez mais projetando nos outros o nosso estado de felicidade, ao invés de nos relacionarmos de fato.
Quanto mais preenchidos de nós estamos, mais nos sentimos realizados, com autonomia, empoderamento, amor incondicional.
O outro sempre será o professor para aquela situação, por isso agradeça a sua disposição em assumir o papel de quem causará nossa própria cura. Veja o outro e será visto!
Assuma seu potencial sem medo e sem comparações, sem necessidade de aprovações!
Olhe para sua criança e diga que ela é o suficiente, que não precisa de esmolas para se preencher. Consegue olhar-se com amor, aceitar-se com respeito e dignidade. Permita liberar a rejeição por si mesmo e abraçar-se com aceitação. Libere quem te fez acreditar que não era o suficiente, eles estavam errados sobre você,e agora sabe disso. Perdoe-se, perdoe-os e siga em frente!
Surpreenda-se com relações de verdade, a começar com a relação que terá com você mesmo a partir de agora.
Lembre-se, cada um em seu movimento e todos se movem.
Contato: autorlucasleonardo@gmail.com
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